Vaticano não quer transexuais na igreja

Em um dos mais veementes documentos emitidos pela Congregação para a Doutrina da Fé, recentemente, o Vaticano adverte a Igreja para o risco de transexuais entrarem para a vida religiosa, transformando-se em padres ou freiras. O documento foi elaborado pelo cardeal alemão Joseph Ratzinger, com o apoio do cardeal espanhol Eduardo Martinez Somalo, da Congregação dos Religiosos da Igreja. Ele destaca que os transexuais mostram “uma alteração patológica da personalidade”, o que os inabilita para a vida religiosa.

Apesar do documento, encaminhado a todas as ordens religiosas da Igreja Católica no mundo, seguir acompanhado de uma circular, solicitando que fosse mantido em sigilo, ele acabou sendo reproduzido pela agência de notícias católica “Adista”. Segundo fontes americanas, Ratzinger enviou o documento também para todas as Conferências Episcopais da Igreja, depois de ter sido informado que transexuais americanos estavam reivindicando, junto à Igreja Católica, autorização para a realização de casamentos.

O documento é enfático na condenação dos transexuais. Alerta que eles não podem se transformar em religiosos ou freiras e que, se por acaso existir algum que o seja, deve ser expulso imediatamente da ordem que abraçou. Também destaca que os sacerdotes não estão autorizados pela Igreja a alterar registros de batismo de transexuais com a mudança de sexo, ou realizar casamentos de pessoas que mudaram de sexo.

“Se ocorrerem dúvidas sobre a eventual presença de transexuais nas fileiras dos candidatos a religiosos, por atitudes exteriores evidentes, ou por comunicado de algum dos presentes, o superior encarregado da seleção deverá exigir exames médicos e psiquiátricos”, alerta o documento da Congregação para a Doutrina da Fé. A mesma atitude, segundo o documento, deve ser tomada se surgirem dúvidas desse tipo nas fileiras de religiosos já admitidos numa Ordem. “Uma pessoa que estiver vinculada a uma ordem religiosa, a uma entidade de vida apostólica, ou a uma entidade secular da Igreja, se optar por mudar de sexo, deve ser expulsa imediatamente para o bem das demais almas dessas instituições”, afirma o documento do Vaticano.

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