Subiu para ao menos 30 o total de mortos, quase todos civis, pelos confrontos na Jamaica, afirmou a polícia local nesta terça-feira. Há ainda 211 pessoas detidas, segundo os policiais, durante a busca das autoridades por um chefe do narcotráfico local, Christopher “Dudus” Coke.

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Milhares de membros das forças de segurança buscam Coke, que tem um pedido de extradição pendente nos Estados Unidos. Nesta terça-feira, homens com máscaras montaram barricadas nas ruas da zona oeste de Kingston. O barulho de tiroteios foi escutado perto das favelas do sul da Jamaica, longe das mecas do turismo que ficam na costa norte do país caribenho.

Escolas e lojas ficaram fechadas em Kingston e o governo fez um apelo à população que doe sangue nos hospitais para os feridos. Autoridades temem também que os distúrbios se espalhem pelo país e não fiquem concentrados apenas na capital. No epicentro da violência estão as favelas na zona oeste de Kingston, incluído o gueto de Trenchtown, onde a estrela do reggae Bob Marley foi criada.

Chefão

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Filho de um suposto gângster, Coke, de 41 anos, tem fortes ligações com o Partido Trabalhista, que atualmente governa a Jamaica. Ao expor as ligações entre as gangues e os políticos, alguns esperam que a explosão de violência coloque a Jamaica no caminho de uma reforma. “Eu penso que isso que acontece é um chamado para o país inteiro”, disse Peter Bunting, do Partido Nacional do Povo, de oposição.

“Coke é um homem forte, cujos tentáculos se espalharam amplamente”, disse o reverendo Renard White, um líder da iniciativa de paz do Ministério da Justiça da Jamaica, que trabalha em comunidades problemáticas. Com informações da Dow Jones.

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