O uruguaio Rodolfo Wanseele, de 41 anos, declarou-se culpado por envolvimento no caso de uma maleta com quase US$ 800 mil (R$ 1,3 milhão) supostamente destinados à campanha eleitoral da atual presidente argentina, Cristina Kirchner. Wanseele afirmou ser culpado de atuar ilegalmente nos Estados Unidos como um agente do governo venezuelano. O acusado pode pegar até dez anos de cadeia no caso. A sentença será divulgada no dia 14 de julho.
Wanseele admitiu ter participado de uma operação tramada na Direção de Serviços de Inteligência e Prevenção (DISIP), o serviço de inteligência venezuelano. Ele era motorista e teria atuado como escolta durante uma reunião importante realizada na Flórida. O chamado "escândalo da maleta" foi a tentativa de contrabando de US$ 790 mil para a Argentina por meio do empresário venezuelano Guido Antonini Wilson, supostamente para uso na campanha eleitoral de Cristina.
O dinheiro foi descoberto e confiscado pela alfândega argentina em setembro passado, e o fato levantou suspeitas sobre o destino desses fundos. Venezuelanos detidos pela polícia dos EUA em Miami afirmam que o dinheiro seria usado na campanha eleitoral de Cristina Kirchner em 2007.
