União Africana prepara intervenção em Mali

A União Africana aprovou um plano para mandar tropas ao norte do Mali com o objetivo de combater milícias ligadas à al Qaeda que controlam a região.

A autorização torna mais provável uma ação armada, que agora só precisa da chancela da ONU para ser posta em prática.

O Mali, que já foi um modelo de democracia na África, foi imersa numa situação caótica em março, quando militares depuseram o presidente, deixando um vácuo de poder que permitiu a guerrilheiros islamitas tomarem o controle do equivalente a dois terços do território do país.

O bloco regional da África Ocidental, Ecowas, chegou a um acordo no último domingo sobre os detalhes do projeto de enviar 3.300 soldados ao Mali para ajudar o governo a retomar o controle sobre as áreas dominadas por rebeldes. A maioria dos combatentes deve vir da Nigéria, do Níger e de Burkina Fasso.

A França, antigo colonizador do Mali, tem pressionado por uma ação rápida no país devido ao receio de que o braço norte-africano da Al Qaeda use a região como base para lançar ataques ao seu solo.

Mas o endosso a uma ação armada não é universal, porém –a maior potência da região, a Argélia, declarou preferência a uma solução negociada.

O comissário da União Africana para a segurança, Ramtane Lamamra, afirmou que a missão visa “reconquistar as regiões ocupadas no norte do Mali, desmantelar nela as redes terroristas e criminosas e restabelecer de forma efetiva a autoridade do Estado em todo o território nacional”.

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