, 22/04/2017 – O ministro da Justiça da Turquia, Bekir Bozdag, criticou o principal partido da oposição neste sábado por contestar o resultado do plebiscito do último domingo sobre a ampliação dos poderes presidenciais e disse que não há caminho judicial para reverter a decisão.

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Em postagens no seu perfil oficial no Twitter, o ministro disse que todas as decisões sobre questões eleitorais, incluindo denúncias e alegações de fraude, estão sob o escopo da Comissão Eleitoral da Turquia. “Petições contra as decisões da Alta Junta Eleitoral não podem ser levadas a qualquer tribunal ou autoridade, incluindo o Conselho de Estado e o Tribunal Constitucional”, escreveu o ministro. Bozdag disse que esses órgãos judiciais rejeitariam tais petições com base nas leis turcas.

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Os comentários de Bozdag vêm após um pedido do oposicionista Partido Republicano Popular (CHP) ao Conselho de Estado na sexta-feira, procurando reverter a decisão do conselho eleitoral de que cédulas sem o carimbo oficial do conselho são válidas.

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Monitores internacionais dizem que a decisão do conselho eleitoral removeu uma importante salvaguarda contra fraude e é “contrária à lei”. O conselho, no entanto, publicou decisões anteriores sobre a validade de cédulas sem o carimbo oficial.

A controvérsia sobre as cédulas sem carimbo oficial formou a base de pedidos do CHP e de outros dois partidos da oposição para anular o plebiscito, que o conselho eleitoral rejeitou na quarta-feira com por 10 votos a 1. Funcionários da CHP disseram que vão contestar a decisão no Tribunal Constitucional e, se necessário, no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

O ministro da Justiça afirmou que o CHP estava mostrando desprezo pela vontade do povo e escreveu: “Nenhum tribunal pode desfazer/alterar as decisões da nação.” Resultados não oficiais mostram que a campanha do “sim” (pela ampliação dos poderes de Erdogan) obteve 51,4% dos votos. Fonte: Associated Press.