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Trump não deve decretar emergência nacional na fronteira com México em discurso

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não deve decretar emergência nacional por causa da segurança na fronteira com o México, em seu discurso da noite desta terça-feira sobre o Estado da União. O presidente planeja, em vez disso, realizar um chamado à unidade nacional, num momento de profundas divisões partidárias.

Nas últimas semanas, Trump ameaçou várias vezes decretar emergência para acabar com a disputa no Congresso sobre as verbas para o muro, que a oposição democrata considera desnecessário. Pessoas informadas sobre o discurso de hoje entenderam que Trump não realizará o decreto em sua fala. Uma preocupação seria que os democratas na plateia vaiassem, o que afetaria a receptividade da medida.

Trump deve pedir um esforço bipartidário, citando a reforma no sistema criminal de Justiça como uma área onde as duas siglas podem trabalhar juntas. Isso deve ser um contraste com afirmações recentes qualificando os esforços bipartidários para conseguir um acordo sobre a segurança na fronteira como “perda de tempo”. Na semana passada, o presidente disse que havia “uma boa chance” de ele decretar emergência nacional pela questão imigratória, o que permitiria tirar fundos de outras rubricas para pagar pelo muro fronteiriço sem a aprovação do Congresso. A medida, contudo, poderia gerar contestações judiciais.

Ao mesmo tempo, ao pedir unidade, Trump deve criticar os democratas por sua oposição ao muro, apontando que eles anteriormente apoiaram outras barreiras, disse uma das fontes.

Além da imigração, Trump deve tratar de comércio, segurança nacional, saúde e infraestrutura – uma área em que ele acredita que pode trabalhar com democratas, mas nas quais seus assessores estão divididos sobre como avançar. Também pode usar o discurso para anunciar o momento e o local de seu segundo encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. Fonte: Dow Jones Newswires.

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