O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que decidiu antecipar o fim de sua segunda reunião de cúpula com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, porque os dois não conseguiram chegar a um acordo sobre as sanções que Washington impôs ao regime de Pyongyang.

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“Não seria uma boa coisa assinar qualquer coisa”, disse Trump, durante coletiva de imprensa que se seguiu à cúpula em Hanói, capital do Vietnã. “Nós tínhamos algumas opções e, neste momento, decidimos não seguir nenhuma das opções.”

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Trump comentou também que não se comprometeu com uma terceira cúpula com Kim. Segundo o presidente, as conversas dos dois últimos dias foram muito produtivas e num clima bastante amigável, e os EUA querem manter o relacionamento com Kim, mas, diante das divergências ainda existentes, não seria apropriado assinar um acordo no momento. A primeira cúpula entre Trump e Kim ocorreu em junho do ano passado, em Cingapura.

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“Basicamente, eles (os norte-coreanos) queriam que as sanções fossem totalmente suspensas e não podíamos fazer isso”, disse Trump. “Eles estavam dispostos a desnuclearizar grandes porções de áreas que queríamos, mas não podíamos abrir mão de todas as sanções por isso. Então, vamos continuar a trabalhar e veremos, mas tínhamos que rejeitar essa sugestão em particular.”

Trump afirmou que Kim ofereceu desmantelar o complexo nuclear de Yongbyon em troca do fim das sanções, o que não foi aceito pelos negociadores americanos. O presidente confirmou que todas as sanções atuais contra Pyongyang continuam em vigor. “Kim tem uma certa visão, mas não a que queremos”, disse, destacando, porém, que o líder norte-coreano se comprometeu a não realizar mais testes nucleares ou de mísseis.

Durante a coletiva, Trump também falou sobre o depoimento de seu ex-advogado Michael Cohen, durante audiência ontem no Congresso americano. De acordo com Trump, Cohen “mentiu muito” em seu depoimento, mas, por outro lado, enfatizou que não houve conluio entre a equipe de campanha eleitoral do republicano e a Rússia em 2016.

Na audiência de ontem, Cohen pela primeira vez acusou Trump de conduta criminosa durante exercício do mandato, classificando-o de “vigarista” e “trapaceiro”.