Timor Leste criará prêmio em homenagem a brasileiro morto no Iraque

Brasília – O presidente do Timor Leste, José Ramos Horta, anunciou que criará um prêmio em direitos humanos que levará o nome do embaixador brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto em agosto de 2003, no Iraque. Segundo ele, a idéia é premiar ainda este ano uma organização não-governamental da área.

Para Horta, o diplomata deveria ter sido enterrado no Rio de Janeiro "no meio do calor humano dos brasileiros" e não em Genebra, na Suíça. No momento, Lula oferece almoço ao colega timorense no Palácio do Itamaraty.

O embaixador brasileiro ajudou no processo de independência do país. O Timor Leste tornou-se Estado independente em 2002, depois de quase duas décadas sob domínio da Indonésia. De acordo com Horta, seu país e a Indonésia atualmente são "bons vizinhos", porém sem esquecer a opressão e a ditadura.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também lembrou o trabalho do diplomata brasileiro. "Nosso querido Sérgio, um dos mais brilhantes funcionários das Nações Unidas, deixou no país [Timor Leste] um legado inspirador e as fundações de um Estado de Direito democrático e pacífico", disse Lula, que recebeu Horta nesta quarta-feira (30), no Palácio do Planalto.

Entre novembro de 1999 e maio de 2002, Sérgio Vieira de Mello chefiou a administração de transição da Organização das Nações Unidas (ONU). Com longa experiência em assuntos humanitários, foi nomeado alto comissário para os Direitos Humanos da ONU em julho de 2002. Em 2003, foi indicado como representante da ONU no Iraque, onde morreu num atentado terrorista.

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