O partido grego Coalizão de Esquerda Radical (Syriza) afirmou hoje que não vai apoiar nenhum governo que aceite os termos do segundo pacote internacional de resgate, de ? 130 bilhões, negociado com União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI). A declaração foi dada após o presidente do país propor um governo de tecnocratas, em vez de políticos.

continua após a publicidade

“Não faz qualquer diferença para nós se for um governo de tecnocratas ou de políticos”, comentou uma autoridade do Syriza. O pequeno Esquerda Democrática, liderado por Fotis Kouvelis, também se opôs à ideia. “Um governo de tecnocratas é uma prova da derrota do sistema político”, comentou ele.

Já o líder do conservador Nova Democracia, Antonis Samaras, expressou algumas reservas com relação a um governo tecnocrata, mas não descartou essa hipótese. Ele também disse que é possível uma aliança entre seu partido, o Socialista (Pasok) e a agremiação de direita Gregos Independentes. Até agora, os independentes se recusaram a participar de tal aliança, mas deixaram uma porta aberta para um acordo sob certos termos.

Em um discurso na televisão, o líder do Pasok, Evangelos Venizelos, disse que a proposta do presidente para um governo tecnocrata é uma “solução de necessidade”. “Em uma democracia, as responsabilidades repousam sobre os governos políticos, os partidos políticos, as figuras políticas. Não é natural formar um governo tecnocrata, entretanto, encarando tal crise, é importante que o apoio do Parlamento a esse governo seja o mais forte possível”, comentou.

continua após a publicidade

O presidente grego, Karolos Papoulias, deve se encontrar com o líder do Gregos Independentes às 8h (de Brasília), e uma hora depois deve se reunir com os demais líderes. As informações são da Dow Jones.