Suposto líder da Al Qaeda morre em ataque de avião americano

Três supostos insurgentes morreram neste domingo em um ataque de um avião espião americano (“drone”, em inglês) no Paquistão e, dentre eles, um alto comandante da Al Qaeda, o segundo líder da rede terrorista morto nesta semana em uma ação similar no país asiático.

A informação do alto comandante da Al Qaeda é de um porta-voz do exército paquistanês, o coronel Abid Ali Askari. “O ataque tirou a vida de um líder da organização, mas neste momento não podemos confirmar sua identidade. Quando tivermos identificado, comunicaremos”, se limitou a dizer.

Fontes de segurança citadas por veículos da imprensa local, como “Dawn” e “Geo”, detalharam que a aeronave não-tripulada lançou pelo menos quatro mísseis contra um complexo no qual estavam os fundamentalistas, situado na região de Tabbi.

Waziristão do Norte é uma das sete demarcações do conflituoso cinturão tribal fronteiriço com o Afeganistão, uma área semiautônoma que nunca esteve sob total controle das autoridades do Paquistão.

A região é considerada atualmente o principal reduto da insurgência talibã paquistanesa e também serve de refúgio para membros da rede Al Qaeda e de facções rebeldes que atuam no vizinho Afeganistão, como a rede Haqqani.

Outro ataque de aviões espiões dos EUA matou nesta semana um dos principais líderes da Al Qaeda, o clérigo Abu Zaid al Kuwaiti, que era considerado potencial sucessor do atual chefe da organização, Ayman al-Zawahiri.

Kuwaiti foi atacado no último dia 6, também no Waziristão do Norte, enquanto comia.

Segundo o portal “The Long War Journal”, neste ano foram registrados 43 ataques deste tipo no Paquistão, dos quais mais de 80% tiveram como cenário o Waziristão do Norte.

As ações dos aviões espiões aumentaram consideravelmente após a chegada de Barack Obama à presidência dos EUA, em 2008.

Tradicionalmente, estes ataques contaram com o consentimento tácito do governo paquistanês, embora a política oficial de Islamabad seja criticá-los em público, já que os ataques geram forte rejeição popular no país.

Muitos observadores defendem a estratégia por sua capacidade para atacar de forma certeira líderes rebeldes, mas algumas organizações de direitos humanos denunciam que também causam um alto número de mortes entre civis.

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