Sudão e Sudão do Sul decidem sobre conflito por petróleo

O Sudão e o Sudão do Sul chegaram a um acordo sobre o conflito por petróleo que causou intensos confrontos na zona fronteiriça de ambos países nos últimos meses, anunciou o mediador da disputa, o ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki.

A expectativa é que após ter alcançado o acordo, no qual se fixam as taxas que o Sudão do Sul deve pagar pelo trânsito de petróleo pelo território do Sudão, se reinicie a produção de petróleo em breve, que ficou paralisada no último mês de janeiro, assegurou Mbeki ontem à noite em entrevista coletiva, sem dar uma data exata.

“O acordo sobre o petróleo influi de forma positiva nos demais problemas (que há entre ambos países)”, ressaltou o mediador.

“As questões que ficavam por resolver nesse assunto eram as taxas que seriam cobradas pelo transporte, o trânsito e demais matérias”, detalhou.
“O que falta agora é debater sobre os passos a seguir quanto a comunicar às companhias petrolíferas quando deverão preparar-se para o reatamento da produção e a exportação”, acrescentou.

No entanto, ainda restam algumas questões pendentes entre as duas nações, como a demarcação exata da fronteira.

O governo do Sudão do Sul, que se separou do Sudão em julho de 2011 após um referendo de independência, mantém tensas relações com o vizinho desde então, que chegaram a seu pior momento em janeiro passado, quando o Sudão freou totalmente a produção de 350 mil barris de petróleo por dia.

Esta decisão do Sudão do Sul foi tomada por conta da inviabilidade de um acordo entre os dois países sobre as taxas de passagem do petróleo, que até agora pode ser exportado apenas através do Sudão, mas a medida representou um duro golpe para a economia de ambos países.

As declarações de Mbeki chegaram de forma inesperada, já que o representante do Sudão do Sul nas negociações, Pagan Amum, havia acusado o Sudão pouco antes de exigir taxas muito elevadas.

No entanto, ainda se desconhece como se chegou a um acordo sobre a produção de petróleo, posto que o Sudão havia expressado anteriormente em repetidas ocasiões que não aceitaria exportações do Sudão do Sul até que os assuntos de demarcação da fronteira não fossem solucionados, algo que até agora não ocorreu.

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