O senador Edoardo Pollastri, do Partido Democrata (PD) italiano, que está prestes a deixar o Senado, criticou em uma nota "a total miopia política" da coordenação do PD no exterior em relação à lista de votação elaborada para a América Latina "com um inexplicável atraso, e que excluiu alguns possíveis candidatos que se apresentaram nas eleições passadas com a lista da União e que conseguiram obter muitos votos para o partido".
Pollastri acusou o partido de ter investido muito pouco na América Latina e de tê-lo feito somente no fim da campanha eleitoral.
"No dia 11 de abril, às vésperas do fechamento das urnas e antes da verificação dos votos, escrevi uma carta ao secretário-geral Walter Veltroni denunciando o comportamento inexplicável do coordenador Maurizio Chiocchetti, comportamento revelado ainda mais ambíguo após sua declaração à (emissora de televisão, ndr) Rai Internacional, na qual disse que é bom não vencer também para evitar acusações de adversários. Resta para mim o mistério: por quê o PD quis perder no Senado na América do Sul?", questionou Pollastri.
O senador desejou um bom trabalho aos candidatos eleitos na América Latina, com a esperança de que "tenham a consciência de ter sido eleitos com plena correção e absoluta lealdade".