Semana com greve de transporte e jornalistas na Grécia

O setor de transportes e os jornalistas fizeram hoje o primeiro dia de paralisação de trabalhadores na Grécia contra os cortes que o Parlamento deverá aprovar nesta semana para receber a segunda parcela do resgate financeiro.

Em Atenas, o metrô está fechado e as linhas de ônibus não funcionam. Segundo o sindicato, taxistas também se somaram ao movimento. Da mesma forma, os advogados começam hoje uma greve de cinco dias.

Devido à greve de três dias no setor de saúde, os hospitais estão atendendo em esquema de serviços mínimos.

A partir de amanhã, será a vez da companhia pública de eletricidade DEI começar um cessar de atividades de 48 horas, o que pode causar apagões no país.

Já os jornalistas da imprensa escrita, de rádio, televisão e mídia eletrônica decretaram uma paralisação de 24 horas. A greve também foi motivada pela demissão de dois apresentadores que foram exonerados por criticar um ministro por supostas torturas policiais a militantes anarquistas.

Austeridade

A greve é motivada pelos cortes do Orçamento, avaliados em Ç 18 bilhões, que deverão ser aprovados nesta semana pelo Parlamento.
A ratificação das medidas de austeridade é necessária para que o país consiga os Ç 31 bilhões da segunda parcela do resgate de Ç 130 bilhões concedido em fevereiro pela União Europeia, o BCE (Banco Central Europeu) e o FMI (Fundo Monetário Internacional).

No entanto, os cortes incluem reduções salariais e de aposentadoria, cortes de pessoal no serviço público e novas medidas de desregulamentação do mercado trabalhista. Atenas precisa do dinheiro, pois, caso não receba, o país pode declarar moratória em meados de novembro.

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