Segurança faz EUA retirarem embaixador da Síria

O governo de Barack Obama retirou seu embaixador da Síria, Robert Ford, por questões de segurança, responsabilizando o regime do presidente Bashar Assad pelas ameaças que tornaram insegura sua permanência no país.

Ford tem sido alvo de várias intimidações de homens ligados ao governo e irritou as autoridades sírias com sua enérgica defesa dos protestos pacíficos e suas críticas à repressão do governo, que segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), já matou mais de 3 mil pessoas.

O embaixador retornou a Washington no último final de semana após os Estados Unidos receberem “ameaças verossímeis contra sua segurança pessoal na Síria”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, nesta segunda-feira.

“Nós esperamos que o regime sírio encerre sua campanha de incitação contra o embaixador Ford”, disse Toner. “Neste momento, não podemos dizer quando ele retornará à Síria.”

Toner declarou que a embaixada norte-americana continuará aberta em Damasco e que as ameaças eram dirigidas especificamente a Ford. Sua volta ao país está condicionada a uma “avaliação sobre a incitação do regime sírio e a situação da segurança”, afirmou Toner.

Ford foi o primeiro embaixador norte-americano na Síria desde 2005. O governo do presidente George W. Bush retirou o embaixador do país por causa das acusações de que o país estaria envolvido com o terrorismo e o assassinato do ex-primeiro-ministro do Líbano, Rafik Hariri. A Síria negou qualquer envolvimento.

A administração Obama decidiu enviar um embaixador para a Síria no início deste ano, num esforço para persuadir o país a alterar suas políticas em relação a Israel, ao Líbano e ao Iraque e seu apoio a grupos extremistas. A Síria é considerada um “Estado patrocinador do terrorismo” pelo Departamento de Estado. As informações são da Associated Press.

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