Sanções mais duras da União Europeia entram em vigor

Novas e rigorosas sanções contra os setores bancário, de navegação e industrial do Irã entraram em vigor hoje como parte de uma iniciativa da União Europeia para forçar Teerã a reduzir seu programa nuclear.

As sanções, acordadas em outubro, ganharam vigência na legislação com sua publicação no Diário Oficial da União Europeia.

As medidas, as mais duras do organismo até agora, incluem proibições de transações financeiras, vendas de aço e equipamentos de navegação e importação de gás natural do Irã, que se somam a proibições anteriores, incluindo as restrições ao petróleo do país.

Elas refletem a preocupação acentuada com os objetivos nucleares do Irã e com as ameaças israelenses de atacar as instalações atômicas iranianas se a diplomacia e outras medidas não obtiverem uma solução.

Diplomatas afirmam esperar que as conversas com o Irã possam ser retomadas em janeiro, mas estão esperando uma resposta de Teerã, que insiste que seu programa nuclear é para fins puramente pacíficos de geração de energia.

As novas sanções marcam uma mudança significativa na política do bloco de 27 membros, que anteriormente visou sobretudo pessoas e empresas com restrições econômicas.

Em um comunicado, a Comissão Europeia disse que a nova lei elevou para 490 o número de entidades sujeitas às sanções, e para 105 o número de pessoas.

Entre as organizações e empresas afetadas, estão três filiais da petrolífera estatal iraniana e vários institutos e empresas acusados de apoiar diretamente as atividades nucleares do Irã, como a companhia de alumínio do país e a Universidade de Tecnologia Sharif, em Teerã.

Também estão na lista entidades acusadas de apoio financeiro ao governo iraniano, como as sucursais na Malásia e na Indonésia do First Islamic Investment Bank.

Nas três rodadas de conversações desde abril, o Irã se recusou a diminuir as atividades de enriquecimento de urânio a menos que as sanções econômicas de maior impacto sejam suspensas.

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