Resignação

É uma das mais belas virtudes da qual o homem pode se servir.

Está escrita nas Leis Morais da Vida, as quais norteiam o ser inteligente, fazendo-o dirigir o leme da razão e da lógica que o fará bem controlar as suas atitudes no sentido do seu aperfeiçoamento espiritual.

É de difícil manejo para todos aqueles que, desvirtuados dos ensinamentos cristãos, acham muito penoso exercitá-la em benefício do seu semelhante e o que certamente reverteria no seu próprio.

Resignar-se, seria o mesmo que ceder algo de si mesmo, “deixar de ter para dar”, importando isso em ficar sem usufrir para promover a felicidade do próximo. Haverá alegria maior que essa? Mas, na verdade, muito poucos a praticam e deixam de perceber quanto é bom agir assim. Preferimos ser o proprietário de tudo. Para que repartir para privarmo-nos do que nos pertence? Cada um que faça por si e que se arranje como puder.

A resignação, o fato de doarmos um pouco de nós, traz portanto, para nós mesmos, benefícios incalculáveis, porque os aflitos de agora serão os consolados do futuro. Assim se nos resignarmos ante a dor, o sofrimento e as provações de hoje, estaremos construindo bem o nosso porvenir mais feliz. A resignação abençoa esses aparentes males, como prelúdio do ressarcimento de nossos débitos. Dessa forma, somos felizes por sofrer, pois que é dessa maneira que o Pai nos ajuda e nos permite retornar ao caminho certo e galgar os degraus para nossa perfeição.

Os aflitos do momento, pelo exemplo da resignação, serão os abastados do amanhã, em virtude de que, só dessa maneira, poderemos quitar-nos de todos os erros anteriores, e que se não o fizermos nessa etapa da vida, certamente veremos acontecer em outras e situações mais difíceis.

A certeza das maravilhas que nos esperam no reino de Deus deverá ser sempre motivo forte bastante para incentivar-nos na luta e para que não venhamos nunca esmorecer.

A inveja, o orgulho e o egoísmo em nós serão sempre os elementos da nossa derrocada, pois enquanto alimentarmos esses vícios, estaremos perdendo tempo, moldando nossos espíritos nessas formas defeituosas com grandes desajustes mais tarde.

Todo aquele que apenas presta atenção e só se compraz nos prazeres da matéria esquece-se das obrigações para as coisas da vida espiritual ou do patrimônio maior que é o espírito. Moderando nossos anseios e desejos e praticando esta virtude constantemente, estaremos mostrando todo desapego às coisas grosseiras provisórias e descartáveis com o desencarne.

Resignação é revigoramento para o corpo e muito mais ainda para a alma; não esquecendo que a existência nos planos inferiores, como dissemos, é de curta duração e que, por isso, urge nos empenhemos em aproveitá-la ao máximo e em todas as chances que ela nos proporciona antes da partida. Quanto antes melhor.

Ouça todos os domingos pela Rádio Capital, 1.270 kHz, AM, o programa Espiritismo em Palavras Simples, das 8h às 9h. Assista pelo canal 14 da Net ou pelo 43 da TVA, todos os sábados, o programa Evangelho Segundo o Espiritismo, das 11h às 12h. Leia Kardec para entender Jesus.

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