Relatório sobre refugiados critica Estados Unidos

Meio milhão de iraquianos deixaram seu país em 2007, revelou uma pesquisa do Comitê dos Estados Unidos para Refugiados e Imigrantes divulgada nesta quinta-feira O trabalho da entidade aponta que os iraquianos são, pelo terceiro ano consecutivo, a população com mais refugiados no mundo.

Como antes, a maioria deles foi para a vizinha Síria, e alguns outros para demais países da região. Segundo o trabalho, os Estados Unidos aceitaram poucos iraquianos – pouco mais que a metade dos 3 mil prometidos para o prazo até o fim de setembro.

Segundo o estudo, o Alto Comissariado da ONU para Refugiados indica que há 10 mil iraquianos nos Estados Unidos em busca de um novo local para viver. O texto afirma que o êxodo iraquiano por causa "da violência e instabilidade em sua terra natal" constituiu "a mais ampla crise de refugiados em 2007".

"Enquanto a administração Bush e o Reino Unido estão ocupados tentando vencer a guerra, eles não demonstraram liderança para assegurar os direitos e o bem-estar das vítimas dessa guerra", aponta o relatório. "A Europa, que em grande parte advertiu sobre as graves conseqüências humanitárias da guerra, também não fez nada para ajudar as pessoas com que ela está tão preocupada".

A entidade deu uma nota "F", a pior, para os Estados Unidos. Um dos motivos é que o país envia refugiados de volta aos países de origem sem ouvi-los, em uma prática conhecida como "refoulement" China, Irã, Iraque, Rússia e Líbia erram na mesma categoria.

Segundo o estudo, os EUA detiveram 6.400 estrangeiros no mar em 2007, em sua maioria cubanos e haitianos. Os cubanos que chegarem a 145 quilômetros da costa dos EUA podem ficar no país, mas os capturados no mar são devolvidos a Cuba. Essa política não se aplica aos haitianos, que apenas podem ficar em território norte-americano se demonstrarem que correm perigo caso voltem ao país de origem.

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