Rejeição a Tratado de Lisboa vira dilema para UE

A Irlanda e a União Européia (UE) enfrentarão um dilema por causa da rejeição dos eleitores irlandeses ao importante Tratado de Lisboa, afirmou neste domingo (15) o primeiro-ministro, Brian Cowen.

O líder irlandês quer garantir que seu país não fique isolado diplomaticamente quando ele comparecer à reunião de líderes da União Européia (UE) marcada para a próxima quinta-feira, em Bruxelas – primeira participação de Cowen como primeiro-ministro. "Claro que eu esperava a vitória, esse foi meu primeiro objetivo político", disse ele, um veterano do gabinete que sucedeu Bertie Ahern como primeiro-ministro no mês passado.

A Irlanda é o único membro da União Européia (UE) que é obrigado constitucionalmente a aprovar publicamente tratados do bloco, que por sua vez só podem se tornar lei com a ratificação de todos os 27 membros. Os outros 26 países da UE assinaram o Tratado de Lisboa, que na verdade é um nova proposta de Constituição Européia, na capital portuguesa em dezembro de 2007.

Cowen afirmou que precisa persuadir seus aliados de que a rejeição ao Tratado na semana passada cria um problema para todas as nações do bloco, não somente para a Irlanda. E que por isso todos precisam ajudar a resolver a questão. "Se não conseguirmos encontrar um solução, obviamente esse Tratado não tem validade".

Cowen está com medo de que a Irlanda tenha de enfrentar o risco de que outros membros da UE prossigam com as reformas propostas pelo Tratado, desenhando novas regras que podem excluir o país de no mínimo novos arranjos. O primeiro-ministro afirmou também que quer evitar que outros membros da UE decidam que a Irlanda precisa redefinir suas relações com a Europa.

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