Apesar de a suspensão do Paraguai estar na pauta do encontro da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), no fim desta semana, a reintegração do país será decidida somente no próximo ano, quando os paraguaios vão às urnas.
O chanceler brasileiro, Antonio Patriota, e o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, praticamente descartaram hoje a possibilidade de a suspensão do Paraguai ser revogada durante reunião da Unasul na próxima sexta-feira, em Lima, no Peru.
“A suspensão foi feita porque se considerou que houve ruptura da vigência democrática. A eleição é um elemento fundamental nesse processo. Esse é o consenso sul-americano entre os chefes de governo que foram quem tomaram a decisão de suspensão e são os únicos que podem revê-la”, disse Patriota, depois de participar de evento da União Industrial Argentina em Los Cardales, a 60 km da capital argentina.
Em junho passado, o Paraguai foi suspenso da Unasul e do Mercosul pela forma como foi conduzido o processo relâmpago de impeachment do então presidente Fernando Lugo. A avaliação, na ocasião, foi de que a ordem democrática naquele país estava abalada.
Apesar das tentativas de autoridades paraguaias de antecipar a decisão, autoridades brasileiras avaliam que o Paraguai precisa assegurar que as eleições, marcadas para 21 de abril de 2013, sejam democráticas, para que a suspensão seja revista. “Vamos ter de esperar as eleições. Não tem nenhuma razão para se antecipar”, disse Marco Aurélio Garcia.
Apesar de estar suspenso do Mercosul, o Paraguai estará representado no encontro empresarial paralelo à Cúpula do Mercosul, nos dias 6 e 7 de dezembro em Brasília.

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