A promotoria pode pedir pena de morte para Ariel Castro, o homem acusado de sequestrar em manter em cativeiro três mulheres em sua própria casa durante uma década. A polícia o acusou de ter engravidado uma delas pelo menos cinco vezes e provocado abortos ao deixá-la sem comida e dar socos em sua barriga.

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As acusações fazem parte de um relatório da polícia que diz também que uma das mulheres, Amanda Berry, foi forçada da dar à luz numa piscina plástica infantil.

O promotor Timothy McGinty disse nesta quinta-feira que seu escritório vai decidir se vai acusá-lo por homicídio qualificado, que pode ser punido com a morte em razão das gravidezes que foram interrompidas à força.

“A pena capital deve ser reservada para aqueles que realmente cometeram os piores exemplos de conduta humana”, disse ele. “A realidade é que ainda temos criminosos brutais em nosso meio que não têm respeito pela lei nem pela vida humana.”

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McGinty disse que Castro será acusado por cada ato de violência sexual, agressão e outros crimes cometidos contra as mulheres, dando a entender que as acusações podem chegar às centenas, senão aos milhares.

Amanda Berry, que atualmente tem 27 anos, disse aos oficiais que foi forçada a dar à luz numa piscina plástica para que fosse mais fácil limpar o local. Berry disse que sua filha, agora com 6 anos, e as outras duas mulheres não passaram por um médico durante todo o período de cativeiro.

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Michelle Knight, de 32 anos, revelou que suas cinco gravidezes foram interrompidas depois de Castro a deixar passar fome por pelo menos duas semanas e “ter repetidamente socado sua barriga até que ela abortasse”. Ela contou também que Castro a forço a fazer o parto de Berry sob ameaça de morte caso a criança morresse. Knight disse que quando a recém-nascida parou de respirar, ela a reavivou com respiração boca-a-boca.

As três mulheres disseram que Castro as acorrentou no porão, mas por fim permitiu que elas vivessem no segundo andar da cada. Todas elas contaram uma história parecida sobre o sequestro, ocorrido após aceitarem uma carona de Castro.

Anos antes de sequestrar as mulheres, Castro aterrorizou a mãe de seus filhos, espancando-a e prendendo-a dentro de casa, informaram seus parentes em entrevistas concedidas na quinta-feira à Associated Press.

Parentes de Grimilda Figueroa, que se separou de Castro muitos anos atrás e que morreu no ano passado, após uma longa doença, o descrevia como um “monstro”. Uma vez ele a empurrou para dentro de uma caixa de papelão e fechou a tampa, disse Elida Caraballo, irmã de Grimilda. “Ele disse para ela ficar ali até que ele mandasse que ela saísse”, declarou ela. As informações são da Associated Press.