Os rebeldes da Líbia temem novos “reveses” em sua batalha para derrubar o governante Muamar Kadafi, após as forças oposicionistas precisarem recuar pelo deserto hoje. Mas os insurgentes garantiram que seguirão lutando pelo fim do governo.

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As forças de Kadafi empurraram as forças rebeldes vários quilômetros para longe de Brega. A oposição tomou duas vezes o controle da cidade petrolífera, mas as tropas oficiais conseguiram retomar Brega nas duas ocasiões.

Mustafa Gheriani, um porta-voz do Conselho Nacional de Transição em Benghazi, não criticou a suposta falta de ataques aéreos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) contra as forças de Kadafi, dizendo apenas que a aliança tinha um mandato da ONU para proteger civis. “Não há revolução sem reveses”, afirmou ele à France Presse. Hoje, aparentemente as forças da Otan lançaram novos ataques aéreos contra forças oficiais perto de Brega.

“Mas o povo vencerá. Kadafi não pode comandar a Líbia com sua máquina – suas milícias e seus mercenários… Nós estamos comprometidos a combater esse tirano”, afirmou. “Ou nós vamos tirá-lo do poder ou ele comandará o país sem um povo nele”.

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O levante começou em 17 de fevereiro, com protestos contra o comando de quatro décadas de Kadafi. O movimento é inspirado pelos protestos que derrubaram presidentes na Tunísia e no Egito. O conflito na Líbia, porém, rapidamente passou a se assemelhar a uma guerra civil, com tropas de Kadafi atirando nos manifestantes. A oposição tomou várias cidades no leste do país e saqueou bases militares para se armar. As informações são da Dow Jones.