Putin defende coalizão mundial de combate ao terrorismo que inclua Síria

Em discurso realizado duas horas depois do feito pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente russo, Vladimir Putin, defendeu uma coalizão mundial para combate ao terrorismo que não exclua o dirigente sírio, Bashar Assad.

Putin apontou para as consequências desestabilizadoras de intervenções internacionais no Oriente Médio e na África, e criticou a estratégia americana de armar a chamada oposição moderada a Assad.

Em sua opinião, a ação levará ao surgimento de novos grupos extremistas, equipados com ajuda dos Estados Unidos. O presidente russo apontou para a situação no Iraque e na Líbia como exemplos das consequências negativas de intervenções externas nas regiões. O primeiro foi alvo de uma guerra unilateral iniciada pelos Estados Unidos em 2003 e o segundo, palco de ação militar aprovada pela ONU em 2011. Segundo ele, milhares de combatentes que se unem às fileiras do Estado Islâmico saem do Iraque e da Líbia “destruída” pela intervenção da ONU.

Em sua opinião, é um erro não colaborar com o governo sírio na guerra contra o Estado Islâmico e outros opositores. “Assad está lutando contra o terrorismo”, afirmou. Obama reiterou na ONU a posição americana de que qualquer solução para o conflito sírio deve incluir o afastamento de Assad.

Sem mencionar os Estados Unidos, mas em uma óbvia referência ao país, Putin afirmou que a crença de alguns em seu “excepcionalismo” e “impunidade” nunca foi abandonada.

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