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Protestos na Polônia expõem racha entre governo e oposição pró-UE

Dois dias de protestos contra o governo expuseram visões opostas da democracia da Polônia, com um líder da União Europeia e manifestantes dizendo que há uma ameaça às liberdades por parte do governo. A primeira-ministra insiste que a ameaça está partindo das ações da oposição.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e a primeira-ministra da Polônia, Beata Szydlo, fizeram comentários separados neste sábado sobre a crescente tensão política entre o governo conservador polonês e a oposição pró-União Europeia.

Eles falaram após manifestantes terem protestado do lado de fora do palácio presidencial e do prédio do parlamento em Varsóvia pelo segundo dia. A motivação dos protestos é um plano do partido do governo para restringir acesso de jornalistas ao parlamento.

Tusk, ex-primeiro-ministro da Polônia, usou o termo “ditadura” e relembrou o público dos protestos na Polônia durante o comunismo. “Eu apelo àqueles que têm o poder no nosso país para que respeitem as pessoas, os princípios e valores da constituição”, disse.

Poucas horas depois, Szydlo disse em um discurso transmitido pela televisão que a Polônia é uma firme democracia e que a oposição estava sendo guiada por um senso de frustração por ter perdido o poder.

Nas ruas, uma multidão de algumas centenas de pessoas em Varsóvia pedia liberdade, igualdade e democracia. Bandeiras polonesas e da União Europeia estavam sendo mostradas, um reflexo das visões pró-Europa de muitos polos liberais que se opõem ao governo. Fonte: Associated Press.

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