Presidente venezuelano ainda espera a libertação de reféns pelas Farc

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse neste domingo (6) que está esperando ouvir das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) sobre os dois reféns que o grupo guerrilheiro prometeu libertar no mês passado.

Chávez lamentou que sua iniciativa para ajudar a libertar os reféns – a ex-congressista Consuelo Gonzalez e Clara Rojas, a assessora da ex-candidata à presidência Ingrid Betancourt – tenha falhado na semana passada, quando os rebeldes acusaram o governo da Colômbia de intensificar operações militares com ajuda dos EUA. "Continuamos a esperar por novos contatos para a libertação de Clara e Consuelo", disse Chávez durante seu programa de rádio e televisão semanal "Alô Presidente".

As Farc tinham prometido libertar Gonzalez e Rojas, junto com um menino de três anos chamado Emmanuel – fruto de um relacionamento entre Rojas e um guerrilheiro. Contudo, o grupo rebelde não libertou os reféns, apesar de toda a operação montada por Chávez, com a presença de observadores internacionais. Resultados de testes de DNA mostraram mais tarde que Emmanuel era mantido na selva com o grupo guerrilheiro, mas há dois anos habita um orfanato em Bogotá.

"O mais importante é que Emmanuel está livre", disse Chávez, reconhecendo o resultado do teste de DNA. Antes, o presidente venezuelano tinha dito que "as Farc teriam de explicar ao mundo" se eles mantinham o menino na selva como tinham afirmado.

Depois da divulgação do resultado do teste de DNA, as Farc acusaram o governo colombiano de ter "seqüestrado" o menino para sabotar os esforços de Chávez na libertação dos reféns. O grupo rebelde mantém outros 44 proeminentes reféns, incluindo a ex-candidata à presidência Ingrid Betancourt e funcionários americanos de defesa seqüestrados há seis anos.

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