Presidente norte-coreano teria passado por uma cirurgia

O presidente norte-coreano Kim Jong Il está se recuperando de uma cirurgia, informou nesta quarta-feira (10) a agência de espionagem da Coréia do Sul. Autoridades da nação norte-coreana rejeitaram rumores sobre a saúde de Kim e afirmaram que ele está bem. As especulações sobre uma possível doença aumentaram ontem após o líder não comparecer à parada em comemoração aos 60 anos de fundação do Estado comunista.

O Serviço Nacional de Inteligência da Coréia do Sul informou a um comitê parlamentar que havia recebido relatórios de inteligência, segundo os quais Kim foi recentemente submetido a uma cirurgia não especificada no sistema circulatório. Ainda segundo esse relato, a saúde de Kim melhorou bastante deste então. O funcionário responsável pela informação pediu anonimato.

A agência de notícias Yonhap, citando parlamentares que receberam informações da agência de espionagem, sustentou que Kim, de 66 anos, havia sofrido uma hemorragia cerebral. Porém ele permanece consciente e “é capaz de controlar a situação”. Ainda segundo essa fonte, Pyongyang não vive um “vácuo de poder”.

Mais cedo, funcionários norte-coreanos haviam negado que Kim estivesse doente ou qualquer outro rumor por causa de sua ausência na parada comemorativa. “Não há problemas”, disse Kim Yong Nam, líder número 2 do país, à agência japonesa Kyodo. Song Il Ho, um alto diplomata, disse que os relatos sobre a doença de Kim eram “sem valor” e um “plano conspiratório”. Segundo ele, a mídia ocidental já publicou informações falsas antes sobre o país.

Desde 2002, a Coréia do Norte vive um impasse com os Estados Unidos por causa de suas ambições nucleares. O país realizou seu primeiro teste nuclear em 2006, mas concordou no ano passado em desmantelar suas instalações nucleares, em troca de auxílio econômico e concessões políticas.

As negociações, porém, chegaram a um impasse recentemente sobre como verificar as declarações de Pyongyang sobre o tema. Washington até agora reluta em cumprir a promessa de retirar a Coréia do Norte de sua lista de nações terroristas.