Presidente dos EUA discursará em Cinelândia isolada

Em seu pronunciamento dirigido a “todos os brasileiros”, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, discursará para uma Cinelândia, no Rio de Janeiro, isolada por fortes medidas de segurança – diferentemente da tradição do local, principal palco de manifestações políticas históricas – e abertas – na cidade.

A embaixada americana confirmou que o pronunciamento acontecerá na praça, à qual só terá acesso quem carregar nada além de documento de identidade e carteira de dinheiro – bolsas, sacolas e pacotes estão vetados. A restrição é parte das medidas que serão tomadas para proteger o visitante, que deverão incluir mudanças no trânsito e forte policiamento.

Hoje, no fim da manhã, houve nova visita ao Municipal para checagem de segurança, mas nem o Consulado-Geral dos EUA no Rio, nem autoridades estaduais deram oficialmente detalhes a respeito. “No próximo domingo (20 de março), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fará um discurso na Cinelândia, na cidade do Rio de Janeiro. O evento, que acontecerá no período da tarde, será gratuito, aberto ao público e é direcionado a todos os brasileiros. Haverá tradução. Mais informações serão divulgadas em breve”, afirmou o consulado, em curta nota.

O discurso de Obama deverá começar a partir das 15 horas, mas o acesso à Praça Floriano (nome oficial da Cinelândia) será permitido a partir das 11h30. Haverá tradução simultânea para o português. O presidente americano deverá falar a partir do teatro, mas sua exata posição ainda não foi divulgada. Antes, o presidente deverá visitar o Corcovado a partir das 9h30, seguindo de lá para a Cidade de Deus, com horário inicial previsto para 10h30.

Segurança

Obama chegará ao Rio no fim da tarde ou início da noite de sábado, devendo dormir duas noites na cidade – sua partida para o Chile só acontecerá na segunda-feira, 21. Funcionários que trabalham para o corpo diplomático americano reconheceram que as incertezas sobre a agenda podem fazer parte das medidas do serviço secreto para ajudar na proteção ao presidente.

As medidas de segurança vão, evidentemente, se estender aos outros pontos programados para receber Obama – até hoje, não oficializados, mas praticamente certos. A ida ao Corcovado do casal presidencial americano é vista como programa “familiar” e, pelas características do local, terá acesso restrito, mesmo para equipes de imprensa.

Uma possibilidade é que apenas um grupo de jornalistas credenciados como setoristas na Casa Branca e uns poucos representantes dos órgãos de imprensa brasileiros – em torno de dez – tenham acesso permitido. Em todos os eventos, a segurança do presidente será feita pelos americanos, mas o Batalhão de Operações Especiais (Bope)e o Batalhão de Polícia de Choque (BPChoq), cuidarão do entorno.

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