O presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, anunciou nesta sexta-feira (27) que não assumirá o cargo de comissário dos direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), ao citar a possibilidade de instabilidade política em seu país como motivo para a recusa. Na semana passada, Ramos-Horta disse a líderes políticos que havia aceito o posto, mas hoje explicou na capital do país, Díli, que mudou de idéia.
Como seu mandato termina em 2012, Ramos-Horta avaliou que se aceitasse o cargo na ONU teria que deixar a presidência do país e novas eleições seriam convocadas em 90 dias para escolher um novo presidente, o que aumentaria o risco de distúrbios.
Há apenas dois anos, dezenas de pessoas foram assassinadas em tiroteios entre tropas do governo timorense e soldados amotinados.