O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, afirmou nesta sexta-feira, 10, que a possibilidade de míssil ter abatido o avião com 176 pessoas não pode ser descartada, mas ainda não foi confirmada. Na quinta-feira, 9, autoridades americanas, canadenses e britânicas disseram que o avião foi abatido por engano por um foguete do Irã. A aeronave explodiu minutos após decolar com 176 pessoas a bordo. Ninguém sobreviveu.

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Zelenski tem pressionado os Estados Unidos e países ocidentais para compartilhar as informações sobre o acidente aéreo. “Dados os últimos anúncios feitos pelos líderes dos países na mídia, chamo nossos parceiros internacionais – primeiramente os governos de Estados Unidos, Canadá e Reino Unido – para fornecer os dados e as evidências relativas à catástrofe para a comissão que investiga suas causas”, escreveu o líder ucraniano em seu Facebook.

Na quinta-feira, o site do jornal The New York Times publicou vídeo gravado por um celular que mostra a explosão do que parece ser um avião no céu de Teerã. “Alguém pode ter cometido um erro”, disse o presidente americano, Donald Trump. “Dizem que foi uma falha mecânica. Pessoalmente, não acredito que isso esteja sequer em questão. Acho que alguma coisa terrível aconteceu.”

No mesmo dia, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, foi à TV anunciar que o voo 752 da UIA havia sido derrubado por um míssil do Irã. “Temos informação de múltiplas fontes, incluídos aliados e serviços de inteligência, indicando que o avião foi derrubado por um míssil terra-ar iraniano. Pode ser que não tenha sido intencional.”

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Autoridades iranianas rejeitaram o que chamaram de “rumores ilógicos” sobre a queda do Boeing. “Vários voos nacionais e internacionais estavam no espaço aéreo iraniano ao mesmo tempo à mesma altura de 8 mil pés. Essa história do ataque com mísseis no avião não pode estar correta”, afirmou o Ministério da Transporte do Irã, em comunicado. “É cientificamente impossível que um míssil tenha atingido o avião”, disse Ali Abedzadeh, chefe da agência de aviação civil do Irã.

Outros casos

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Se confirmado que o Boeing ucraniano foi mesmo derrubado por um míssil, o caso entraria em uma lista de tragédias semelhantes. De acordo com a consultoria britânica Flightglobal Ascend, que mantém uma base da dados detalhadas de acidentes aéreos, desde 1967, mais de 700 pessoas foram mortas em 19 incidentes envolvendo ataques com disparos propositais. Durante a Guerra Fria, os casos eram mais comuns. Hoje, ocorrem principalmente em zonas de conflito.