O presidente da Síria, Bashar al-Assad, rejeitou acusações dos Estados Unidos de que aviões sírios e russos tenham atacado um comboio de ajuda humanitária que seguiria para Aleppo e também negou que suas tropas tivessem impedido a entrada de alimento em áreas controladas por rebeldes. Em entrevista à agência Associated Press, Assad culpou os EUA pelo colapso do cessar-fogo que muitos esperavam que pudesse dar alívio ao país em guerra.

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Em entrevista em Damasco, Assad também disse que os ataques aéreos dos EUA que mataram tropas da Síria na semana passada foram intencionais, rechaçando as declarações de autoridades norte-americanas de que teriam sido um acidente. Assad afirmou que os EUA não têm “o desejo” de unir suas forças com a Rússia para lutar contra os extremistas.

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Em seu 16º ano no posto que herdou do pai, Assad mostrou-se confiante durante a entrevista, um sinal de que seu controle do país, que chegou a ser ameaçado pelos distúrbios, se fortaleceu diante dos avanços das forças militares e da campanha aérea de sua aliada Rússia. Assad admitiu que cometeu alguns erros, mas negou várias vezes que suas tropas tenham cometido excessos. Para ele, a guerra deve “se arrastar” apenas por causa do contínuo apoio externo a seus rivais. Assad disse que os sírios que fugiram do país podem voltar em alguns meses, se os EUA, a Arábia Saudita, a Turquia e o Catar pararem de apoiar a insurgência.

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Nos últimos meses, as forças de Assad retomaram zonas controladas pelos rebeldes nos subúrbios da capital, o que melhorou a segurança e reduziu a ameaça de ataques com morteiros em Damasco.

Os ataques recentes contribuíram para o colapso do cessar-fogo, que já era afetado por várias violações dos dois lados em confronto. Eles também lançam sérias dúvidas sobre as chances de se implementar um acordo de EUA e Rússia para atacar militantes no país. Para Assad, Washington não tem o desejo de trabalhar com a Rússia contra os extremistas. Fonte: Associated Press.