Eleições nos EUA

Premiê paquistanês felicita Obama pela vitória

O primeiro-ministro paquistanês, Yousaf Raza Gilani, parabenizou o senador Barack Obama por sua vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Gilani disse esperar que o democrata promova a “paz e a estabilidade” no Oriente Médio. “Eu espero que, sob sua liderança dinâmica, os Estados Unidos continuem a ser uma fonte de paz global e novas idéias para a humanidade”, afirmou Gilani em comunicado. “Eu espero ansiosamente por mais oportunidades para discutir formas de fortalecer as relações entre Paquistão e EUA e promover a paz e a estabilidade em nossa região e além dela.”

O Paquistão, que tem armas nucleares, é um aliado-chave na campanha do presidente George W. Bush contra o terrorismo. Porém a relação bilateral foi prejudicada nos últimos meses por uma série de ataques com mísseis dos EUA realizados em regiões tribais paquistanesas, perto da fronteira com o Afeganistão. Para o primeiro-ministro paquistanês, a eleição de Obama “marca um novo capítulo na notável história dos Estados Unidos”.

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, prestes a deixar o cargo, também saudou a vitória. “Nós não temos dúvida que os laços especiais entre os dois Estados prosseguirão e se fortalecerão sob a presidência de Obama”, apontou em comunicado. Olmert já renunciou ao cargo, após ser envolvido em vários escândalos de corrupção, mas espera as eleições de 10 de fevereiro para deixar o posto.

O presidente de Israel, Shimon Peres, saudou a vitória de Obama como precursora da mudança, do fim do racismo e uma oportunidade de evitar a crise econômica global. “Não é mais possível de forma alguma que um branco afirme superioridade ou qualquer negro sinta a discriminação; somos as mesmas pessoas e esta eleição é uma grande declaração disso”, disse. “Para nós, a América é uma grande amiga e uma grande esperança. Estamos conectados pela Bíblia e estamos juntos pela paz”, afirmou Peres.

O governo iraquiano disse que irá cooperar “sinceramente” com o novo governo norte-americano. O porta-voz do governo, Ali al-Dabbagh, disse que a intenção é atender aos interesses dos dois países, preservar a segurança e a estabilidade no Iraque, “manter a total soberania do Iraque e proteger os interesses de seu povo”.

Ásia

Outros líderes asiáticos expressaram seu desejo de estreitar os laços com os EUA e a esperança de que o país exercerá um papel internacional positivo após a eleição de Barack Obama. O primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, prometeu trabalhar em conjunto com Obama, para fortalecer a relação entre os dois países. “Num momento em que o mundo enfrenta uma multiplicidade de sérios desafios, eu acredito que os EUA continuarão fazendo avanços significativos sob a liderança hábil do presidente eleito Obama, em cooperação com a comunidade internacional”, disse Aso.

“Eu vou batalhar para fortalecer a aliança dos EUA com o Japão e para resolver os sérios desafios que a comunidade internacional enfrenta na hora de lidar com questões como a economia internacional, o terrorismo e o meio ambiente.” Segundo reportagens, Aso está organizando uma reunião com Obama na próxima semana, quando estará em Washington para um encontro de cúpula sobre a crise financeira.

No Afeganistão, onde tropas norte-americanas combatem militares talebans, o presidente Hamid Karzai disse que a vitória de Obama leva o mundo a uma “nova era – uma era na qual raça, cor e etnicidade, espero, irão desaparecer também na política”. O ministro de Relações Exteriores da Malásia, Rais Yatim, disse esperar que a política internacional mude sob o comando de Obama. “A Malásia espera que o governo de Obama seja mais sensível à soberania das nações menores e não use a força para resolver os conflitos globais”, disse Rais em comunicado. “A vitória de Obama é vista como a oportunidade de trazer uma mudança e uma esperança ao mundo”, acrescentou.

O Partido do Congresso na Índia, que atualmente governa o país, disse que “a energia juvenil” de Obama está em sintonia com o dinamismo indiano, acrescentando que acredita que os laços entre os países vão ficar mais fortes sob a liderança do novo presidente. Um comunicado do palácio presidencial da Coréia do Sul expressou a esperança de um desenvolvimento das relações com os EUA, que tem 28,5 mil militares no país.

A presidente das Filipinas, Gloria Arroyo, disse, por meio de seu porta-voz, que Manila anseia por maior cooperação com Washington, que tem relações militares próximas com os filipinos. O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, disse esperar que a mudança de governo nos EUA impulsione a luta contra a crise econômica global. O ministério de Relações Exteriores do Vietnã também enviou congratulações a Obama.

Austrália

O primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, elogiou Obama por trazer o sonho de Martin Luther King à realidade, e disse que o mundo busca na América uma liderança. “Há 55 anos, Martin Luther King sonhou com uma América na qual homens e mulheres seriam julgados não pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter”, disse ele a jornalistas. As informações são da Dow Jones.