Por reféns, Israel abre guerra ao Hamas

A busca de três adolescentes judeus sequestrados no dia 12 na Cisjordânia resultou na prisão de pelo menos 355 palestinos – segundo a imprensa israelense – na semana passada. Na última sexta-feira, dois palestinos foram mortos a tiros pelas forças de Israel, que vasculhavam o território ocupado. Por trás da operação, Israel admite haver um objetivo mais abrangente: destruir a infraestrutura do Hamas na Cisjordânia.

Somente na última quarta-feira, foram presos quase 70 palestinos libertados em 2011 durante uma troca que o Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza, fez com o governo pelo soldado Gilad Shalit. Aproximadamente 1.500 soldados foram mobilizados. Na escola onde um dos desaparecidos estudava, uma sala improvisada serviu para alguns jornalistas estrangeiros conversarem com o porta-voz do Exército, Peter Lerner.

As operações de busca impossibilitaram a chegada do militar, que falou por meio de um link na internet. “Temos duas operações paralelas, a primeira para trazer de volta os garotos e a segunda para dar um golpe importante nas infraestruturas e instituições terroristas do Hamas”, explicou, acrescentando trabalhar com a esperança de que os jovens ainda estejam vivos.

À reportagem, o porta-voz do Exército afirmou: “As operações não vão parar mesmo que encontremos os garotos na situação que for. Queremos destruir a estrutura do Hamas na Cisjordânia”. Peter insistiu que o Hamas está por trás do desaparecimento. “Temos provas disso, temos confiança nos fatos, mas ainda não posso dar evidências”. Questionado sobre para onde os garotos teriam sido levados, o militar disse que provavelmente estão na Cisjordânia. Nove brigadas combatem o Hamas em todos os níveis. Elas prenderam parlamentares e líderes do grupo islâmico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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