Uma policial afegã matou um membro das forças de segurança dos Estados Unidos na sede da polícia de Cabul hoje, afirmaram autoridades locais e a Otan, em mais um ataque em meio ao aumento de questionamentos sobre a direção da guerra.

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O incidente pode ficar marcado como a primeira vez em que uma policial feminina do Afeganistão matou um membro da força de coalizão do Ocidente que apoia e treina militares e policiais afegãos.

Segundo um porta-voz da Otan, o tenente-coronel Lester T. Carroll, a policial foi detida pouco depois do incidente.

“Podemos confirmar que um assessor policial civil foi baleado e morto. O suspeito de ser autor dos disparos está sob custódia afegã”, disse Carroll.

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O assassinato ocorreu apenas algumas horas depois que um policial afegão matou cinco de seus colegas no norte do país ainda nesta segunda-feira. O policial então roubou as armas de seus colegas e fugiu para se juntar ao Taleban, segundo o vice-governados da Província de Jawzjan, Faqir Mohammad Jawzjani.

Mohammad Zahir, chefe do departamento de investigação criminal da polícia, descreveu o incidente como um “ataque de dentro”, no qual forças afegãs viram suas armas contra tropas do Ocidente que trabalham juntas com elas.

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Depois de mais de 10 anos de conflito, militantes seguem tendo capacidade de desferir ataques contra alvos do Ocidente em Cabul e forças internacionais se preocupam com membros da polícia e do Exército do Afeganistão, que deveriam estar trabalhando com elas.
A policial teria se aproximado do assessor americano quando ele estava caminhando pelo altamente guardado complexo policial de Cabul. Ela então sacou sua arma e atirou contra ele uma vez.

O complexo fica próximo do Ministério do Interior, onde em fevereiro dois norte-americanos foram mortos a tiros em ataques a curta distância. O ataque ocorreu depois que o ódio no país foi incitado pela queima de cópias do livro sagrado dos muçulmanos em uma base da Otan.

Pelo menos 52 membros da Isaf, a força internacional da Otan, foram mortos este ano por afegãos que usavam uniformes da polícia e do exército.