Polícia não vê ligação entre massacre e terrorismo

A Polícia americana informou nesta sexta-feira que não trabalha, a princípio, com a possibilidade de que o tiroteio ocorrido em um cinema na cidade de Aurora, no Colorado, onde morreram ao menos 12 pessoas nesta madrugada e 59 ficaram feridas, tenha alguma ligação com terrorismo.

“Não encontramos evidências de vínculos terroristas, mas continuamos investigando”, afirmou o agente especial do FBI (polícia federal americana), Jim Yocane, em entrevista coletiva. A Polícia subiu para 59 o número de feridos no tiroteio, ocorrido no interior de um cinema de Aurora, nos arredores de Denver.

Yacone disse que o FBI, que está investigando possíveis ligações do suspeito fora do estado, conta com cerca de 100 pessoas na investigação, em parceria com a Polícia local.

O chefe da Polícia de Aurora, Dan Oates, e o agente especial do FBI informaram que os investigadores estão convencidos de que o suspeito, identificado como James Holmes e sem antecedentes penais, agiu sozinho: “Não estamos buscando outros suspeitos, estamos muito certos de que ele atuou só”, insistiu o chefe policial.

Oates confirmou que Holmes estava vestido de preto quando entrou no cinema, com um traje à prova de balas completo e protegido com uma máscara de gás. O chefe da Polícia de Aurora disse que nunca tinha visto “nada” como os dispositivos encontrados no apartamento de Holmes, que ao ser detido confessou ter um arsenal em casa.

Em seguida, o policial explicou que equipes especializadas em explosivos estão trabalhando para tirar do apartamento os artefatos incendiários e químicos que se encontraram. “Não temos certeza (do) quê estamos manejando dentro da casa”. Ao contrário do que apontavam as primeiras informações, que sustentavam que a detenção de Holmes aconteceu a vários quilômetros do local, Oates indicou que o suspeito foi detido nos fundos do cinema.

As autoridades disseram que ainda não sabem se Holmes possuía porte de arma, mas confirmaram que no momento da prisão levava três e ainda havia uma quarta dentro dos cinemas. “Não podemos determinar o número de disparos efetuados, foram muitos”, acrescentou Oates.

Na mesma entrevista coletiva, a promotora do distrito, Carol Chambers, anunciou que na próxima semana começará o processo judicial sobre o caso.