Polícia mexicana investiga assassinatos de mulheres

As autoridades mexicanas estão investigando os assassinatos de duas mulheres como crimes de gênero, após os corpos das duas vítimas terem sido encontrados nus e algemados em um parque na capital mexicana, disse nesta sexta-feira o chefe da procuradoria da Cidade do México, Miguel Mancera. Segundo ele, as autoridades não ignoram outros motivos para os crimes, incluídas possíveis conexões com o mercado de câmbio, uma vez que uma das vítimas, Rocio González, de 48 anos, era dona de uma casa de câmbio. Várias casas de câmbio no aeroporto internacional da capital mexicana foram vítimas de uma onda de assaltos em um passado recente.

Em entrevista à rádio MVS, Mancera não disse se as mulheres foram abusadas sexualmente antes de serem mortas. As autópsias mostram que Rocio González e a outra mulher, a jornalista Marcela Yarce, de 45 anos, foram estranguladas com uma corda e mortas a tiros. As mulheres tinham as mãos algemadas às costas.

Yarce era uma jornalista bem conhecida que ajudou a criar a revista Contralinea. O diretor da revista, Miguel Bardillo, disse à rádio MVS que Yarce atualmente trabalhava na área comercial da revista e não atuava mais como jornalista.

A revista é crítica ao governo mexicano e Bardillo disse que a revista nunca vendeu publicidade para o governo ou estatais. Segundo ele, a revista já foi processada por empresas e indivíduos furiosos com o conteúdo das reportagens.

A Comissão dos Direitos Humanos do México informou na noite de quinta-feira que abrirá sua própria investigação sobre os assassinatos. “Agressões, ameaças e intimidação, além de perseguições que os jornalistas sofrem, inibem e limitam a liberdade de expressão”, disse a Comissão em comunicado.

As informações são da Associated Press.

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