Polícia encerra cerco a hotel Taj Mahal na Índia

O comando de segurança indiano matou na madrugada deste sábado (29) o último homem armado que permanecia no Hotel Taj Mahal, em Mumbai, capital financeira da Índia, encerrando a onda de violência no país que perdurou por 60 horas e provocou a morte de 195 pessoas. Agora, o foco das autoridades está no busca dos culpados pelos ataques realizados no país.

O desconhecido grupo muçulmano Deccan Mujahideen responsabilizou-se pelos ataques, que mataram 18 estrangeiros. Entretanto, as forças de segurança indianas afirmam que os responsáveis podem vir do país vizinho, Paquistão, que negou envolvimento e prometeu ajudar nas investigações. Além disso, um time de agentes da Agência Federal de Investigações norte-americana (FBI) está a caminho do país para prestar assistência ao comando indiano.

Cerca de 295 pessoas ficaram feridas durante a onda de violência que teve início na última quarta-feira (dia 26), quando um grupo de homens armados atacou dez áreas diferentes em Mumbai. Entre os mortos, estão cerca de 20 soldados e policiais.

O Taj Mahal ficou em chamas e uma espessa fumaça envolvia o hotel depois que as forças de segurança indiana encerraram o cerco ao local hoje. Na madrugada deste sábado, um comando de elite já havia retomado um centro judaico, onde nove reféns foram encontrados mortos.

“Havia três terroristas, nós matamos eles”, disse J.K. Dutt, diretor-geral da Guarda Nacional de Segurança da Índia. A equipe de elite acredita que ainda há pessoas no hotel. “Elas estão muito assustados, então mesmo quando pedimos que saíssem e se identificassem, elas continuam com medo”, disse Dutt.

Este foi o pior ataque já registrado na Índia desde a série de atentados que ocorreu em 1993, que provocou a morte de 257 pessoas. Entretanto, as forças de segurança apontam que o número de mortes pode aumentar, já que mais corpos podem ser encontrados no hotel depois destes três dias.

O ministro de assuntos internos da Índia, Jaiprakash Jaiswal, disse que um dos homens capturados era paquistanês. “De acordo com informações preliminares, algumas pessoas do Paquistão são responsáveis pelos ataques terroristas em Mumbai”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Pranab Mukherjee.

O primeiro-ministro paquistanês Yousuf Raza Gilani reafirmou que seu país não está envolvido no caso e prometeu ajuda nas investigações.