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Polícia de Montenegro prende sérvios por suspeita de planejar ataques

A polícia de Montenegro prendeu 20 sérvios por suspeita de planejar ataques armados politicamente motivados, em meio a um eleição parlamentar que ocorre neste domingo e pode determinar se o pequeno país dos Bálcãs continua em seu curso ocidental ou se volta para o tradicional aliado, a Rússia.

O primeiro-ministro Milo Djukanovic está enfrentando seu maior desafio em seu governo de um quarto de século e pesquisas pré-eleitorais previram a disputa mais acirrada desde que Montenegro ganhou a independência da vizinha Sérvia, há uma década.

A votação parlamentar opôs o Partido Democrático dos Socialistas, de Djukanovic, e um conjunto de grupos de oposição pró-russos e pró-sérvios que

firmemente se opõem a políticas pró-ocidentais do atual governo, especialmente a associação do país à Otan.

O chefe de polícia Slavko Stojanovic disse que os detidos viajaram da Sérvia e planejavam atacar as instituições do Estado, a polícia e, possivelmente, autoridades governamentais, após a votação. Eles foram acusados de formação de organização criminosa e terrorismo. Um sérvio ainda está sendo procurado.

A promotoria informou que o grupo planejava atacar pessoas que se reunissem em frente ao parlamento quando os resultados da votação fossem proclamados. Em seguida, invadir o edifício na capital e declarar a vitória “de certas partes” na eleição. O comunicado também dizia que eles planejavam capturar Djukanovic. O governo também afirmou que os hackers atacaram vários websites, incluindo o do partido no poder.

O primeiro-ministro sérvio Aleksandar Vucic, por sua vez, deu a entender que as prisões podem ter sido encenadas pelo governo. “O dia em que isso está acontecendo é estranho, isso é tudo que eu vou dizer”, disse.

Havia temores de que a violência poderia entrar eclodir nas ruas de Podgorica

entre apoiadores da oposição e do governo após o anúncio do resultado da eleição deste domingo. O ministro do interior de Montenegro alertou as pessoas para ficarem em casa em vez de celebrarem na rua o resultado da eleição.

Fonte: Associated Press

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