Peru: governo diz que libertará sequestrados em Cuzco

O governo peruano disse nesta terça-feira que está tomando as “ações necessárias” para libertar os trabalhadores que foram sequestrados ontem na província de La Convención, no departamento (equivalente a Estado) de Cuzco, e que supostamente estão cativos de um grupo dissidente dos insurgentes do Sendero Luminoso. Na noite de ontem, o governo confirmou que os trabalhadores foram sequestrados no campo de extração de gás natural de Camisea.

O ministério não informou quantos foram sequestrados, embora jornais locais tenham informado que 30 foram tomados reféns inicialmente, embora 23 tenham sido libertados mais tarde. Acredita-se que os trabalhadores sequestrados trabalhem para a Skanska, uma empresa sueca, bem como para outras empresas que atuam no campo de Camisea. Nesta terça-feira, a governadora da província de La Convención, Fedia Castro Melgarejo, disse à rádio RPP que nenhum trabalhador foi libertado.

A principal operadora do campo de gás natural de Camisea é a Peru Pluspetrol Corp., com a participação de outras petrolíferas como a norte-americana Hunt Oil Co., a SK Holdings Co. da Coreia do Sul, a Tecpetrol do grupo Techint da Argentina, a Sonatrach Petroleum da Argélia, e a hispano argentina Repsol YPF.

O Sendero Luminoso foi fundado em 1980 por intelectuais maoistas, logo após o fim da ditadura do general Alvarado no Peru, e conduziu uma guerra sangrenta contra o Estado peruano que deixou 70 mil mortos. O grupo maoista começou a ser desmantelado em 1992 com a captura do seu líder, o ex-professor de filosofia Abimael Guzmán, o camarada Gonzalo, que atualmente cumpre pena de prisão perpétua em Callao, perto de Lima. O Sendero então se refugiu no interior do país e ainda subsiste em pequenos grupos que dão apoio ao narcotráfico. Acredita-se que atualmente o Sendero, que chegou a ter milhares de combatentes na década de 1980, tenha apenas 300 homens armados que operam nas regiões produtoras de coca.

As informações são da Dow Jones.

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