Pensilvânia pode decidir disputa entre Hillary e Obama

Hillary Clinton busca uma expressiva vitória nesta terça-feira (22) nas primárias do Partido Democrata da Pensilvânia. O sucesso seria crucial para a pré-candidata manter as chances de ser apontada pela sigla para disputar a presidência. Enquanto isso, seu rival Barack Obama busca um resultado que o deixe mais perto de liquidar a acirrada disputa com Hillary. Os dois democratas visitaram várias cidades, na reta final da corrida pelos votos do Estado mais populoso e que garante mais delegados, entre as primárias restantes. Quatro milhões de democratas estão aptos a votar, quando apontarão 158 delegados para a convenção nacional do partido.

As últimas pesquisas mostravam Hillary com uma vantagem de 5 pontos a 10 pontos percentuais no Estado. Em pesquisas anteriores, a pré-candidata chegou a ter uma vantagem de 20 pontos ou mais sobre Obama. Os dois questionaram a capacidade do adversário de liderar a nação, em anúncios televisivos divulgados nos últimos momentos da campanha. O crescimento de Obama nas pesquisas traz incertezas sobre o resultado da disputa.

Muitos democratas temem que o prolongamento da disputa prejudicará as chances do partido de bater o candidato do Partido Republicano, John McCain. O senador do Arizona já conseguiu a indicação republicana há quase dois meses.

Pesquisas nacionais mostram McCain praticamente empatado com qualquer um dos possíveis adversários. Isso ocorre apesar da desaprovação do eleitor com o atual presidente, o republicano George W. Bush, os principais alvos das críticas são a condução da política econômica e da guerra no Iraque.

Obama e Hillary compareceriam em programas de televisão na manhã desta terça. O senador por Illinois e sua mulher, Michelle, compareceram a um comício na Universidade de Pittsburgh, na noite de segunda (21). Teresa Heinz Kerry, mulher de John Kerry, candidato do Partido Democrata em 2004, participou do evento. Na Filadélfia, Hillary apareceu com seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, e a filha do casal, Chelsea, na Universidade da Pensilvânia. "Não basta dizer ‘Sim, nós podemos’. Nós temos que dizer como nós podemos", disse Hillary à multidão, rebatendo o popular slogan de Obama.

A demografia do Estado favorece a senadora. A Pensilvânia tem população na média mais velha que o restante do país, com grande porcentagem de brancos, uma renda média abaixo da média nacional e menos graduados que a média nacional. Esses eleitores – brancos da classe trabalhadora e maiores de 50 anos – apoiaram majoritariamente Hillary nas últimas disputas.

Obama tinha 139 delegados de vantagem. Pelas regras do Partido Democrata de distribuição proporcional dos delegados para a convenção nacional, Hillary precisaria bater Obama por algo como 20 pontos percentuais ou mais na Pensilvânia e nas nove eleições restantes para virar a disputa – algo virtualmente impossível.

Nenhum dos dois candidatos parece capaz de alcançar os 2.025 delegados necessários para conseguir a nomeação nas próximas disputas. Com isso, a decisão recai sobre os superdelegados, membros do partido que podem votar em quem quiserem, independentemente dos resultados anteriores. Caso receba maior apoio dos superdelegados, Hillary poderia superar o rival.

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