O Parlamento Europeu aprovou hoje (13) uma resolução em que apela à Rússia para retirar imediatamente suas forças militares da Crimeia e defende um aumento das sanções da União Europeia caso não haja um abrandamento da crise.

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Na resolução, aprovada na sessão plenária de Estrasburgo, os eurodeputados condenam “o ato de agressão russo ao invadir a Crimeia”, parte “indissociável da Ucrânia” e apelam à “retirada imediata de todas as forças militares ilegalmente presentes em território ucraniano”.

O Parlamento Europeu considera que esses atos “violam claramente” a Carta das Nações Unidas e outras normas internacionais e “representam uma ameaça para a segurança da União Europeia”.

Em relação ao referendo sobre a adesão da Crimeia à Rússia, marcado para domingo (16), o Parlamento Europeu aponta-o como “ilegítimo e ilegal”, e salienta que, de acordo com a Constituição da Ucrânia, a República Autônoma da Crimeia só pode organizar referendos sobre assuntos locais e não sobre modificações das fronteiras.

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Os eurodeputados pedem a criação de um governo ucraniano representativo e abrangente o mais rápido possível, que garanta o pleno respeito e a total proteção dos direitos das minorias nacionais, incluindo os direitos dos ucranianos de origem russa e a um novo regime linguístico abrangente, que contemple todas as línguas minoritárias.

O Parlamento Europeu assinala ainda a necessidade dos Estados-Membros prestarem apoio ao direito que a Ucrânia tem de determinar livremente o seu futuro, e reforçando as sanções contra a Rússia aprovadas no Conselho Europeu, no dia 6 de março.

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Se não houver uma melhora da situação, parlamentares europeus defendem que a União Europeia adote com celeridade medidas punitivas, que incluem embargo de armas e de tecnologias de dupla utilização, restrições de vistos, o congelamento de bens e ações contra empresas russas e suas subsidiárias, especialmente no setor da energia.