Durante a sessão do Parlamento do Mercosul (Parlasul) desta terça-feira (29), o ministro argentino das Relações Exteriores, Jorge Taiana, falou sobre os novos projetos do bloco e celebrou a construção de uma união mais forte entre os países-membros. Na posição de presidente temporal do Mercosul, a Argentina deu hoje seu informe semestral sobre a atuação do bloco, através da análise proferida pelo chanceler.

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Segundo contou à ANSA o parlamentar uruguaio Roberto Conde (do Partido Socialista), Taiana afirmou que se avança na execução de "novos projetos a ser incluídos no Fundo de Convergência Estrutural", sobre "temas relativos à construção da união aduaneira" e sobre a elaboração de "um fundo de financiamento para as pequenas e médias empresas da região".

Conde, que já foi presidente do Parlasul, disse também que o chanceler argentino confirma o início dos primeiros ensaios de transações entre Brasil e Argentina em moeda local, dentro do bloco regional do Mercosul — formado por Argentina, Paraguai, Uruguai, Brasil e com a Venezuela em processo de incorporação.

Paralelamente, a Comissão de Direitos Humanos do Parlasul aprovou uma declaração a favor dos cinco cubanos presos nos Estados Unidos e acusados de espionagem (denúncia que o governo de Cuba nega com veemência). Foi criada também uma subcomissão especial dentro do órgão que cuidará de uma denúncia de violação dos direitos humanos contra organizações camponesas no Paraguai.

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O Parlamento do Mercosul funciona com 18 representantes de cada um dos países fundadores e 9 da Venezuela, por enquanto. O Parlasul vai funcionar com essa organização até 2010. A partir de 2011, seus representantes serão eleitos diretamente e a quantidade de parlamentares irá variar conforme a população de cada país.

O corpo legislativo do Mercosul (com sede em Montevidéu) se reúne mensalmente e a cada seis meses recebe o chanceler do país que ocupa a presidência temporal, no caso, a Argentina.

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