Parlamento do Iraque adia próxima sessão para agosto

O Parlamento do Iraque adiou a sua próxima sessão para meados de agosto, prolongando o impasse político no país, apesar dos apelos urgentes para a formação de um novo governo que possa confrontar extremistas sunitas que têm invadido as regiões norte e oeste do país.

Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, o Parlamento informou que “após discussões com os chefes dos blocos e as partes envolvidas” a próxima sessão foi adiada para 12 de agosto. O texto expressou esperança de que “o próximo encontro será uma chance para mais diálogo”.

A nova legislatura, eleita em abril, realizou a sua primeira sessão na semana passada, mas não conseguiu fazer nenhum progresso sobre a indicação de um novo primeiro-ministro e novos presidente e orador do parlamento.

Sob um sistema informal que teve origem após a invasão de 2003 liderada pelos Estados Unidos que derrubou o ditador Saddam Hussein, o cargo de premiê é garantido a um xiita, o de presidente a um curdo e de um orador de um sunita.

O principal ponto de discórdia agora é o posto de primeiro-ministro, que detém a maioria do poder no Iraque. O titular Nouri al-Maliki, cuja coalizão Estado de Direito ganhou a maior parte dos assentos na eleição em abril, disse que não vai abandonar a sua candidatura para um terceiro mandato consecutivo. Mas ele não garantiu a maioria no Parlamento e por isso precisa de aliados para formar um governo, preparando o terreno para o que agora parecem ser prolongadas negociações políticas.

Al-Maliki está enfrentando pressão para se afastar do cargo, em parte porque muitos no país o acusam de monopolizar o poder e contribuir para a atual crise ao não promover a reconciliação com a minoria sunita do país.

Violência

A ofensiva dos extremistas sunitas contra as áreas controladas pelo governo continuou nesta segunda-feira. Um morteiro caiu próximo a um destacamento das tropas iraquianas localizado na vila de Karma, a oeste de Bagdá, matando o comandante da 6ª divisão do Exército Iraquiano, o major-general Najim Abdullah Ali.

O premiê al-Maliki lamentou a morte de Ali, chamando-o de “santo guerreiro” que foi “martirizado no campo de batalha enquanto lutava contra os terroristas”.

Em Bagdá, um suicida bateu um veículo carregado de explosivos em um posto de controle no bairro xiita de Kazimiyah, matando cinco policiais e três civis e deixando 16 pessoas feridas, segundo autoridades. Fonte: Associated Press.

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