Para Bento XVI, fecundação artificial fere a dignidade humana

Cidade do Vaticano – O papa Bento XVI afirmou nesta quinta-feira (31) que a reprodução artificial feita por meio do congelamento de embriões e "tentativas de clonagem humana" são atos que romperam "a barreira da dignidade humana".

Em um discurso para os membros da Congregação para a Doutrina da Fé, o papa pediu aos religiosos que sigam "com particular atenção os problemas difíceis e complexos da bioética".

Segundo Bento XVI, "os novos problemas ligados, por exemplo, ao congelamento de embriões humanos, à pesquisa de células-tronco e às tentativas de clonagem humana demonstram claramente como, com as técnicas de reprodução artificiais, se rompeu a barreira da dignidade humana".

"Quando seres humanos, no estado mais frágil e indefeso de sua existência, são selecionados, abandonados, mortos ou utilizados como puro ‘material biológico’, como negar que são tratados não como ‘alguém’, mas como ‘algo’, colocando em dúvida o conceito de dignidade do homem?", questionou o Papa.

Bento XVI disse que a Igreja "não pode e não deve intervir em todas as novidades da ciência", mas tem a tarefa de "reiterar os grandes valores em jogo e propor aos fiéis e todos os homens de boa vontade os princípios e orientações éticas e morais para as novas questões importantes".

Para o Papa os "dois critérios fundamentais para o discernimento moral nesse campo" são "o respeito incondicional do ser humano como pessoa, desde sua concepção até a morte natural, e o respeito da originalidade da transmissão da vida humana através dos atos próprios dos cônjuges".

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