Paquistão reabre estradas para forças da Otan no Afeganistão

O Paquistão abriu hoje as estradas do país e a fronteira com o Afeganistão para a passagem de comboios das forças da Otan no Afeganistão, após sete meses de conflito diplomático, de acordo com o Departamento de Estado americano.

Em conversa com o chanceler paquistanês, Hina Rabbani Khar, a secretária de Estado, Hillary Clinton, se desculpou pela morte de 24 soldados que ajudavam na escolta do grupo durante um ataque a uma comitiva da Otan no país asiático em novembro.

“Sentimos muito pela perdas sofridas pelos militares paquistaneses. Estamos comprometidos em trabalhar próximos a Paquistão e Afeganistão para prevenir que isso não volte a acontecer”.

A ação desencadeou o conflito e o fechamento da passagem para os americanos. De acordo com Hillary, o representante de Islamabad reconheceram os erros que desencadearam as baixas nas tropas paquistanesas.

O país asiático se recusava a voltar a abrir a fronteira pela ausência de um pedido de desculpas explícito dos Estados Unidos, apesar da insistência das autoridades americanas.

Durante os sete meses de fechamento, os custos de logística das forças da Otan aumentaram em US$ 100 milhões por mês pelo uso de rotas alternativas na Ásia Central para chegar ao Afeganistão.

Ajuda financeira

Após o anúncio da abertura, o país asiático voltou a receber US$ 1,3 bilhão de ajuda financeira para o combate ao terrorismo na região. A verba, destinada a reembolsar o Paquistão pelo custo de operações, foi retido devido às tensões entre os dois países, e pelo bloqueio de Islamabad das rotas de abastecimento.

O secretário de Defesa americano, Leon Panetta, comemorou a decisão paquistanesa e afirmou que os Estados Unidos pretendem melhorar a relação com o Paquistão.

No entanto, a volta da passagem de comboios pode sofrer novas ameaças de grupos terroristas. A divisão paquistanesa do grupo armado Taleban ameaçou a voltar a atacar as rotas de abastecimento da coalizão militar do Ocidente, assim como foi feito em novembro.

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