Paquistão ataca bases militantes e mata nove, dizem fontes

Jatos paquistaneses atacaram esconderijos militantes ao longo da fronteira com o Afeganistão durante esta madrugada e mataram nove pessoas, disseram fontes. Ao mesmo tempo, centenas de milhares de civis fugiam do Waziristão do Sul, temendo uma ofensiva do Exército na região. Funcionários do governo ameaçam realizar uma operação na instável fronteira há meses, e uma série de recentes atentados suicidas atribuídos ao Taleban aumentou a vontade das autoridades de iniciar a ação.

Aproximadamente 200 mil pessoas fugiram do Waziristão do Sul desde agosto, mudando-se para casas de parentes ou alugadas nas áreas de Tank e Dera Ismail Khan, em um êxodo que continua nos últimos dias, disse um funcionário local. Aproximadamente metade dessas pessoas foi registrada como deslocados internos, segundo a fonte, que pediu anonimato. Estima-se que a população no Waziristão do Sul seja de 500 mil pessoas.

Jatos militares têm atacado alvos do Taleban na região há semanas. As ações se intensificaram nos últimos dias, no que parece ser um esforço para preparar a entrada por terra. Os militares lançaram ataques em pelo menos cinco áreas diferentes nesta madrugada, segundo dois funcionários do setor de inteligência.

Um ataque a um esconderijo em Makeen matou três insurgentes e outro, em Barwand, matou seis, segundo as fontes. Ao mesmo tempo, forças em um campo militar em Razmak atacaram posições dos militantes em montanhas próximas, segundo os funcionários. A imprensa não consegue chegar ao local dos ataques e não há verificação independente dos relatos.

Atentados

Nos últimos dez dias houve quatro grandes atentados terroristas no Paquistão, incluindo um contra o escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) em Islamabad. Os militares locais dizem que 80% dos ataques no país são planejados no Waziristão do Sul.

Os Estados Unidos encorajam o Paquistão a tomar ações duras contra os insurgentes que usam seu território para realizar ataques no Afeganistão. Porém, uma ofensiva no Waziristão do Sul é algo difícil para o Exército, pois em três ocasiões anteriores as ofensivas foram contidas pelos rebeldes e firmados tratados de paz.