Paquistaneses criticam assassinato de Bin Laden

Mais de 1.500 partidários de um partido islâmico pró-Taleban se reuniram no sudoeste do Paquistão nesta quarta-feira para criticar o assassinato do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, por forças norte-americanas um ano atrás. O protesto foi realizado um dia depois de o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ter visitado o vizinho Afeganistão.

Um porta-voz do partido Jamiat-e-Ulema disse que mais de 1.500 pessoas queimaram bandeiras norte-americanas durante a manifestação realizada na cidade de Quetta.

O porta-voz Abdul Sattar Chisti disse que o partido forneceu comida de graça para centenas de pessoas. Muçulmanos distribuem comida em busca das bênçãos de Deus para seus entes queridos após sua morte.

Um comando especial norte-americano matou Bin Laden numa operação secreta, no ano passado, sem ter comunicado o Paquistão com antecedência.

O Paquistão foi colocado em alerta nesta quarta-feira por causa dos temores de que militantes lancem ataques no primeiro aniversário da morte de Bin Laden. Autoridades paquistanesas disseram à agência France Presse que as agências de segurança recebera ordens para ficarem “extremamente vigilantes”.

No ano passado, o Taleban realizou ataques em vingança pela morte de Bin Laden, dentre eles um no qual um suicida atacou um centro de treinamento de policiais, matando cerca de 100 pessoas. Mas até a metade da tarde desta quarta-feira, não haviam sido registrados ataques no Paquistão.

“Essas agências estão em estado de alerta e têm sido muito cuidadosas desde a chegada deste dia importante”, afirmou um funcionário de segurança à France Presse, em condição de anonimato.

Embaixadas ocidentais em Islamabad emitiram alertas, aconselhando seus cidadãos a evitarem locais públicos em razão da possibilidade de ataques. A embaixada norte-americana restringiu a ida de seus funcionários a restaurantes e mercados até 5 de maio. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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