Palestinos mostram disposição de exumar corpo de Arafat

A ANP (Autoridade Nacional Palestina) declarou hoje estar disposta a exumar o corpo do falecido líder Yaser Arafat, com a revelação de indícios de um possível envenenamento.

“A Autoridade Palestina sempre esteve disposta a cooperar e facilitar o trabalho para expor os motivos reais que levaram à enfermidade e morte do presidente anterior”, disse Nabil Abu Rudeina, porta-voz da Presidência da ANP.

A decisão de exumar o corpo, enterrado em Muqata, na sede da ANP em Ramallah, cabe justamente à Autoridade Palestina.

Arafat, que morreu em 2004 em Paris aos 75 anos, teria sido envenenado com polônio, uma substância radioativa, segundo as conclusões de exames efetuados em um laboratório na Suíça e citados no documentário da TV árabe Al-Jazeera.

O primeiro apelo por uma autópsia do corpo havia partido da viúva do líder palestino, Suha, após a divulgação da reportagem.

Segundo os médicos franceses que trataram do líder palestino, a causa da morte foi uma hemorragia cerebral maciça, semanas depois de uma rápida deterioração da saúde de Arafat ainda em Gaza.

Os doutores, incluindo especialistas independentes que revisaram os registros médicos de Arafat a pedido da agência Associated Press, foram incapazes de estabelecer claramente as causas da hemorragia.

A morte gerou uma onda de especulações no mundo árabe, principalmente de um assassinato tramado por Israel, que via o líder palestino como um obstáculo para um tratado de paz definitivo. Autoridades israelenses sempre negaram ferozmente qualquer conspiração nesse sentido.

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