Países do Golfo Pérsico sofrem com falta de areia

A falta de areia no deserto se tornou um dos maiores pesadelos para os países do Golfo Pérsico, depois do impulso na área da construção que afetou enormemente esse recurso em Bahrein. Esse problema ameaça se expandir para zonas limítrofes, onde há algum tempo também falta pedra e cascalho.

A areia é um bem precioso para a Arábia Saudita, que impôs severos controles para sua exportação, diante do temor de que acabem as imensas reservas de Rub Al Khali, o deserto que cobre boa parte da Península Arábica.

Enquanto a Arábia Saudita cuida zelosamente de seu deserto, outros países sofrem com a falta de areia, como o Qatar. “A expansão do mercado da construção em todos os países da Península Arábica fez do comércio da areia uma das principais atividades da região”, declarou Said Al Suwaidi, um construtor local.

A areia do deserto é usada como componente fundamental na construção civil, ao contrário daquela proveniente das praias, que contém cloreto de sódio. No entanto, apesar de a areia no deserto de Rub Al Khali ser abundante, não existe até agora um método de transporte fácil e conveniente. “Transportar a areia do deserto é difícil e custoso. O simples acesso ao deserto é problemático e não pode ser feito com meios pesados que podem atolar no terreno”, explicou Al Suwaidi.

Nos Emirados Árabes Unidos, onde há muita areia disponível, o metro cúbico custa entre 5 e 8 euros. Em Bahrein, ao contrário, os preços são o dobro.

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