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Países árabes criticam decisão de Trump sobre Colinas do Golan

Líderes reunidos na Tunísia para a Cúpula da Liga Árabe neste domingo criticaram decisões do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, consideradas injustamente benéficas para Israel. Os países, no entanto, se mostraram divididos em uma série de outras questões, incluindo se devem readmitir a Síria.

Representantes da Liga de 22 países – menos a Síria – esperam condenar conjuntamente o reconhecimento de Trump das Colinas do Golan – que pertencem à Síria e que Israel ocupou em 1967 – como território israelense, e também a decisão do ano passado de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.

Na abertura da cúpula, o rei Salman afirmou que a Arábia Saudita “absolutamente rejeita quaisquer medidas que reduzam a soberania da Síria sobre as Colinas do Golan”, e que apoia a criação de um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com o leste de Jerusalém como capital. Ele disse ainda que a instabilidade da região se deve ao envolvimento do Irã.

Espera-se que os líderes árabes reunidos na Tunísia divulguem uma declaração condenando esses movimentos. O porta-voz da cúpula, Mahmoud Khemiri, disse que haverá uma “forte resolução” em Golan. Mas é improvável que os líderes tomem medidas além dessas.

A reunião deste ano ocorre num contexto de guerras em curso na Síria e no Iêmen, autoridades rivais na Líbia e um boicote ao Qatar por quatro membros da Liga. O presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, e o presidente do Sudão, Omar al-Bashir, não foram à reunião porque enfrentam protestos contra seus longos reinos.

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