Pacote, em votação, ainda gera críticas nos Estados Unidos

Membros conservadores do Partido Republicano na Câmara dos Representantes dos EUA e alguns parlamentares democratas posicionaram-se contra o plano de auxílio financeiro aos bancos de US$ 700 bilhões, que está em votação na Câmara. Eles argumentam que o plano fere a liberdade tradicionalmente defendida pelos norte-americanos e que as propostas concedem muito poder ao secretário do Departamento do Tesouro americano, Henry Paulson

Em um debate dramático, o deputado republicano Mike Pence, de Indiana, alertou que o pacote é contrário aos princípios do governo norte-americano. “Liberdade econômica significa liberdade para ter sucesso e liberdade para fracassar”, afirmou Pence, resumindo a inquietação da ala conservadora sobre o uso do poder e da riqueza do governo para intervir no mercado e comprar ativos podres das instituições financeiras

“Eu julgo que o maior plano de auxílio às corporações da história americana transforma para sempre a relação entre o governo e o setor financeiro e repassa o custo para os cidadãos americanos, e eu não posso apoiá-lo”.

O republicano do John Culberson, do Estado do Texas, disse que o pacote garante poderes sem precedentes ao secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, que teria autoridade para escolher quando e de onde comprar os ativos podres. “Estamos essencialmente criando um Rei Henry aqui”, acrescentou. “Não votem para levar nossas crianças à falência em prol de alguns daqueles grandes bancos de Wall Street”.

Outro republicano do Texas, Lloyd Doggett, dirigiu uma crítica contundente à administração Bush, afirmando que o governo havia gerado a crise e agora fracassava em encontrar uma solução para os problemas.

“Nem mesmo a Avon ou a Mary Kay podem competir com a maquiagem desta lei”, disse Doggett, referindo-se a duas conhecidas marcas de produtos de beleza. Ele acrescentou que havia outras soluções para o mercado que dispensavam uma grande intervenção federal. “Agir ou não agir hoje é um falso dilema”.

O republicano Thaddeus McCotter, de Michigan, ressaltou que a lei comprometeria o fundamento constitucional dos EUA, o da liberdade individual, para a obtenção de lucro no curto prazo. “Hoje estão pedindo para que você escolha entre pão e liberdade. Eu acredito que as pessoas de Main Street (que pertencem à economia real) preferem a liberdade, e eu estou com elas”.

Lynn Woolsey, democrata, reforçou o coro dos reticentes, argumentando que os contribuintes estão sendo pressionados para pagar pela irresponsabilidade das maiores empresas financeiras dos EUA. “Por que Wall Street não está pagando pela bagunça que criou?.

Os parlamentares favoráveis à lei, no entanto, disseram que ela era vital para interromper a disseminação da crise no setor financeiro para outros mercados.

Adam Putnam, um dos principais membros da liderança republicana na Câmara, admitiu que a lei “desagrada a muitos”, mas argumentou que a Câmara não tinha alternativa senão aprová-la. “As evidências de que precisamos agir são claríssimas”, afirmou.

O deputado Jim Moran, democrata de Virginia, comemorou o fato da liderança do partido ter desempenhado um papel fundamental na elaboração do acordo. “Obrigado por salvar a economia da América”, disse ele. “O que temos de fazer no momento é retirar a economia da beira do precipício; é isso que a lei faz”.Membros conservadores do Partido Republicano na Câmara dos Representantes dos EUA e alguns parlamentares democratas posicionaram-se contra o plano de auxílio financeiro aos bancos de US$ 700 bilhões, que está em votação na Câmara. Eles argumentam que o plano fere a liberdade tradicionalmente defendida pelos norte-americanos e que as propostas concedem muito poder ao secretário do Departamento do Tesouro americano, Henry Paulson.

Em um debate dramático, o deputado republicano Mike Pence, de Indiana, alertou que o pacote é contrário aos princípios do governo norte-americano. “Liberdade econômica significa liberdade para ter sucesso e liberdade para fracassar”, afirmou Pence, resumindo a inquietação da ala conservadora sobre o uso do poder e da riqueza do governo para intervir no mercado e comprar ativos podres das instituições financeiras.

“Eu julgo que o maior plano de auxílio às corporações da história americana transforma para sempre a relação entre o governo e o setor financeiro e repassa o custo para os cidadãos americanos, e eu não posso apoiá-lo”.

O republicano do John Culberson, do Estado do Texas, disse que o pacote garante poderes sem precedentes ao secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, que teria autoridade para escolher quando e de onde comprar os ativos podres. “Estamos essencialmente criando um Rei Henry aqui”, acrescentou. “Não votem para levar nossas crianças à falência em prol de alguns daqueles grandes bancos de Wall Street”.

Outro republicano do Texas, Lloyd Doggett, dirigiu uma crítica contundente à administração Bush, afirmando que o governo havia gerado a crise e agora fracassava em encontrar uma solução para os problemas.

“Nem mesmo a Avon ou a Mary Kay podem competir com a maquiagem desta lei”, disse Doggett, referindo-se a duas conhecidas marcas de produtos de beleza. Ele acrescentou que havia outras soluções para o mercado que dispensavam uma grande intervenção federal. “Agir ou não agir hoje é um falso dilema”.

O republicano Thaddeus McCotter, de Michigan, ressaltou que a lei comprometeria o fundamento constitucional dos EUA, o da liberdade individual, para a obtenção de lucro no curto prazo. “Hoje estão pedindo para que você escolha entre pão e liberdade. Eu acredito que as pessoas de Main Street (que pertencem à economia real) preferem a liberdade, e eu estou com elas”.

Lynn Woolsey, democrata, reforçou o coro dos reticentes, argumentando que os contribuintes estão sendo pressionados para pagar pela irresponsabilidade das maiores empresas financeiras dos EUA. “Por que Wall Street não está pagando pela bagunça que criou?.

Os parlamentares favoráveis à lei, no entanto, disseram que ela era vital para interromper a disseminação da crise no setor financeiro para outros mercados.

Adam Putnam, um dos principais membros da liderança republicana na Câmara, admitiu que a lei “desagrada a muitos”, mas argumentou que a Câmara não tinha alternativa senão aprová-la. “As evidências de que precisamos agir são claríssimas”, afirmou.

O deputado Jim Moran, democrata de Virginia, comemorou o fato da liderança do partido ter desempenhado um papel fundamental na elaboração do acordo. “Obrigado por salvar a economia da América”, disse ele. “O que temos de fazer no momento é retirar a economia da beira do precipício; é isso que a lei faz”.