?Os elefantes falam com os pés?, diz especialista americano

Os elefantes falam com os pés, afirma uma bióloga californiana que garante que os paquidermes se comunicam entre si mediante vibrações no solo.

A afirmação é de Caitlin O?Connell-Rodwell, especialista na linguagem dos elefantes há 10 anos e recém-chegada de uma missão na Namíbia, África, onde aperfeiçoou sua tese por meio de observações diretas.

A especialista frisa que, ao fazer o solo vibrar, esta espécie ? que em média pesa seis toneladas ? tem condições de ser ouvida mais de 30 quilômetros de distância.

O?Connell-Rodwell afirma que os elefantes se comunicam entre si e, por exemplo, se alertam sobre perigos iminentes, como a proximidade de um predador à espreita. Com esta mesma linguagem, batendo os pés no chão, um elefante solitário pode atrair uma fêmea de sua espécie ou receber informações sobre a localização de alimento.

O?Connell-Rodwell esboçou sua tese em 1992 durante uma missão no Etosha National Park da Namíbia. “Então observei que os elefantes ficavam particularmente atentos às suas patas, apoiando todo o seu peso e inclinando-se para a frente. Este comportamento antecipava a chegada de outro elefante”, disse a bióloga à revista “National Geographic”.

Na última missão O?Connell-Rodwell progrediu em seus estudos graças à ajuda de Bryan Arnason, especialista em símios de Austin, no Texas. A colaboração de Arnason tinha por objetivo comprovar se o retumbar dos pés dos elefantes, os sons e os movimentos com as orelhas correspondiam, de fato, a vibrações no solo. “Provamos que eles realmente se comunicam com os pés. Sons e movimentos transmitem-se na baixa freqüência de 20 hertz, inaudível ao ouvido humano”, explica a bióloga.

A pesquisa da cientista tem antecedentes. Há 15 anos, a americana Patie Paine, da Cornell University, havia detectado os sons dos paquidermes originados no estômago e na garganta. Na época Paine concordara com O?Connell-Rodwell em que estes sons podiam ser percebidos por uma manada no raio de dezenas de quilômetros. (ANSA).

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